Formulado fonte simples adubo recomendacao

 Tipo de adubação: Como recomendar de forma fácil 

Adubo

Olá, pessoal!

Depois de interpretar a análise solo você irá fazer a recomendação de adubação. caso você, não lembre de como fazer a interpretação de uma análise de solo. Você pode acessar um artigo em que expliquei sobre Análise de solo: Como interpretar de forma fácil.Passo a passo.

Agora, vamos fazer a recomendação de aplicação de nutrientes de acordo com a cultura que será plantada.

Para você aprender é recomendado que utilize a calculadora e o livro. Assim, faça os cálculos e confira os resultados para ver se estão corretos.

Depois, faça os cálculos para outras culturas para pegar o jeito.

Recomendação de nutrientes

Na primeira etapa, o objetivo é saber a quantidade total de nutrientes que deverá ser aplicado. E se será necessário realizar a calagem as gessagem no solo para plantar a cultura agrícola.

Vamos fazer um exemplo, passo a passo, para que você possa entender melhor.

Cultura a ser adubada

No caso, o produtor quer plantar mandioca.

Para a mandioca, a necessidade de nutriente é a seguinte.

Nas páginas 303 e 304 do livro Cerrado: correção do solo e adubação da EMBRAPA.temos a recomendação de adubação e calagem para a cultura da mandioca.

Calagem

De acordo com o livro, não é necessário fazer a calagem, uma vez a saturação por bases atual da nossa análise solo está em (V%) 50,4% e o livro recomenda aplicar calcário para elevar a saturação por bases a (V%) 30% (página 303).

Dessa forma, a saturação por bases (V%) do solo está acima do recomendado para a cultura da mandioca.

Lembrando, que a mandioca é uma cultura que tolera bem a acidez do solo, isto quer dizer que o pH do solo pode ser classificado como ácido e mesmo com o pH ácido do solo, a mandioca irá produzir bem.

Se você quiser conferir, se os seus cálculos da necessidade de calagem estão corretos, use a nossa calculadora de necessidade de calagem.

Gessagem

O livro não mencionou sobre a realização de gessagem para a cultura da mandioca.

Mas, sabemos que o gesso agrícola é o importante condicionador do solo pois na camada de 20 a 40 cm de profundidade, o gesso agrícola fornece cálcio e ao mesmo tempo neutralizar o alumínio. o gesso agrícola não corrige o pH do solo. E na maioria das culturas é recomendado a utilização do gesso agrícola.

Adubação de plantio

Para recomendar a quantidade de adubo ser aplicado, você deve considerar a expectativa de rendimento de mandioca, no caso a expectativa é de produzir 30 ton/ ha (página 303).

Pelo fato do teor de P e K estarem classificados como baixo e médio respectivamente, de acordo com a nossa análise de solo.

É necessário, fazer a adubação corretiva para elevar os teores de P e K classificados como baixo e médio respectivamente para o nível adequado.

Nesse sentido, para o P, a adubação corretiva gradual será de 70 kg/ ha de P2O5 durante 5 anos (Tabela 10, página 160) para elevar o teor atual de baixo para adequado mais a adubação de plantio (manutenção) de 80 kg/ ha de P2O5. Com isso, somando a adubação corretiva gradual mais a adubação de manutenção será aplicado um total de 150 kg/ ha/ ano de P2O5 (página 303).

Para o K classificado atualmente como médio, deverá ser aplicado em uma única vez 25 kg/ ha de K2O para a adubação corretiva total (Tabela 5, página 181) mais 60 kg/ ha de K2O na adubação de plantio (manutenção), (página 303). Com isso, somando a adubação corretiva total mais a adubação de manutenção será aplicado um total de 85 kg/ ha/ ano de K2O (página 303).

Após a adubação corretiva do P e do K mais a adubação de manutenção tornará este solo classificado como fértil. Uma vez que, os teores de nutrientes estarão classificados como adequado.

Adubação de cobertura

Adubação de cobertura é aquela realizada após o plantio da cultura. Geralmente, esta adubação ocorre entre 20 e 30 dias após a emergência da planta.

Como nós consideramos a expectativa de rendimento em 30 ton/ ha de mandioca (página 304).

Você deverá aplicar: 80 kg/ ha de N mais 60 kg/ ha de K2O(página 304).

Pronto. A recomendação de nutrientes, calagem e gessagem para a cultura da mandioca adubação foi feita.

Recomendação do tipo de adubo

Neste momento, iremos escolher o tipo de adubo a ser aplicado na cultura de mandioca para satisfazer a necessidade de nutrientes conforme interpretado na etapa anterior.

É neste momento que é um profissional diferenciado no mercado de trabalho irá ser destacar depois com esses conhecimentos você poderá obter o maior lucro para o seu cliente no caso o produtor rural.

Neste artigo eu não consigo delinear um programa de adubação completo pois diversas variáveis estão incluídas em um programa de adubação.

Como exemplo a mentalidade do produtor, a disponibilidade financeira, a disponibilidade de maquinário agrícola, Se esse produtor faz plantio direto e rotação de culturas.

Em relação à recomendação do tipo de adubo será dividido em 3 etapas:

1) Adubação corretiva;

2) Adubação de plantio;

3) Adubação de cobertura.

 

1) Adubação corretiva

De acordo com a nossa análise do solo teremos que fazer adubação corretiva do P e do K estão classificados como baixo.

Tipo de adubo de P (correção)

Para escolher, o tipo de adubo de P a ser aplicado na adubação corretiva temos as seguintes opções:

Fosfato natural (24% de P2O5);

Fosfato natural reativo (28% de P2O5).

Agora vamos fazer os cálculos da quantidade a ser aplicada para cada fonte fosfatada.

Para o P, a adubação corretiva gradual será de 70 kg/ ha de P2O5 durante 5 anos (Tabela 10, página 160) para elevar o teor atual de baixo para adequado.

70 (adubação corretiva gradual) ÷ 24 (Fosfato natural) = 2,91 kg/ ha de Fosfato natural. 

70 (adubação corretiva gradual) ÷ 28 (Fosfato natural reativo) = 2,5 kg/ ha de Fosfato natural reativo.

Se você quiser conferir, se os seus cálculos de adubação estão corretos, use a nossa calculadora de adubação fosfatada.

Tipo de adubo de K (correção)

Para escolher, o K a ser aplicado na adubação corretiva temos.

Cloreto de Potássio (58% de K2O).

Para o K classificado atualmente como médio, deverá ser aplicado em uma única vez 25 kg/ ha de K2O para a adubação corretiva total (Tabela 5, página 181).

25 (adubação corretiva total) ÷ 58 (Cloreto de Potássio) = 0,43 kg/ ha de Cloreto de Potássio. 

Se você quiser conferir, se os seus cálculos de adubação estão corretos, use a nossa calculadorade adubação potássica.

 

2) Escolha do tipo de adubação de plantio

A análise química da amostra do solo determinou a necessidade de 00:80:60 kg/ha de N:P2O5:K2O para a adubação de plantio na cultura da mandioca.

Ao agricultor caberão neste caso, duas alternativas para o tipo de adubo:

A) Mistura de fontes simples;

ou

B) Fórmula – NPK.

 

Alternativa A (Plantio)

Necessidade da cultura: 00:80:60 kg/ha de N:P2O5:K2O

Considere as seguintes fontes simples para adubação:

Uréia com 44% ou 0,44 de N;

Super simples com 18% ou 0,18 de P2O5;

Cloreto de potássio com 58% ou 0,58 de K2O;

Agora, basta pegar a necessidade da cultura e dividir pela concentração de nutrientes de cada fonte simples.

00 de N = não iremos aplicar nada de nitrogênio no plantio de mandioca;

80 de P2O5 / 0,18 = 444,44 kg/ha de superfosfato simples (SS);

60 de K2O / 0,58 = 103,44 kg/ha de cloreto de potássio (KCL).

Conclusão:

No plantio da mandioca, devemos aplicar um total de 444,44 kg/ ha de superfosfato simples + 103,44 kg/ ha de cloreto de potássio =  547,88 kg/ha.


Alternativa B (Plantio)

De acordo com a necessidade da cultura 00:80:60 kg/ha de N:P2O5:K2O, verificar um formulado compatível da seguinte forma.

No mercado temos os seguintes formulados disponíveis.

17:17:17

10:30:20

00: 20:20

04:14:08

E outras fórmulas.

Agora, você deve pegar cada formulado é dividir pelo menor número para cada formulado, por exemplo. Faça para todos formulados.

17:17:17 ÷ 17 = 1 : 1 : 1

40: 00: 30 ÷ 30 = 1,33 : 0 : 1

10:30:20 ÷ 10 = 1 : 3 : 2

00: 20:20 ÷ 20 = 0 : 1 : 1

04:14:08 ÷ 4 = 1 : 3,5 : 2

00: 40: 30 ÷ 30 = 0 : 1,33 : 1

Agora, de acordo com a necessidade da cultura 00:80:60 kg/ha de N:P2O5:K2O, você deverá também dividir pelo menor valor, por exemplo.

00:80:60 ÷ 60 = 0 : 1,33 : 1

Observe, que o adubo disponível no mercado com a mesma relação de nutrientes de acordo com a necessidade da cultura (0 : 1,33 : 1) foi o formulado 00: 40: 30.

Agora, para calcular a quantidade a ser aplicada/ ha do  formulado 00: 40: 30 basta fazer a seguinte conta.

Para fósforo (P): 80 (necessidade da cultura) ÷ 40 (formulado) = 2 x 100 (fator fixo) = 200 kg/ha de P2O5.

Para potássio (K): 60 (necessidade da cultura) ÷ 30 (formulado) = 2 x 100 (fator fixo) = 200 kg/ha de K2O.

Resultado: Teremos que aplicar 200 kg/ha no plantio do formulado 00: 40: 30.

 

3) Escolha do tipo de adubação de cobertura

Da mesma forma, que escolhemos o tipo de adubo a ser aplicado no plantio também iremos escolher o adubo mais adequado para ser aplicado em cobertura.

Alternativa A (Cobertura)

Necessidade da cultura: 80:00:60 kg/ha de N:P2O5:K2O

Considere as seguintes fontes simples para adubação:

Uréia com 44% ou 0,44 de N;

Cloreto de potássio com 58% ou 0,58 de K2O;

Agora, basta pegar a necessidade da cultura e dividir pela concentração de nutrientes de cada fonte simples.

80 de N / 0,44 = 181,81 kg/ha de uréia;

60 de K2O / 0,58 = 103,44 kg/ha de cloreto de potássio (KCL).

Conclusão:

No plantio da mandioca, devemos aplicar um total de 181,81 kg/ha de uréia + 103,44 kg/ ha de cloreto de potássio =  285,25 kg/ha.

 

Alternativa B (Cobertura)

De acordo com a necessidade da cultura 80:00:60 kg/ha de N:P2O5:K2O, verificar um formulado compatível da seguinte forma.

No mercado temos os seguintes formulados disponíveis.

17:17:17

10:30:20

00: 20:20

04:14:08

E outras fórmulas.

Agora, você deve pegar cada formulado é dividir pelo menor número para cada formulado, por exemplo. Faça para todos os formulados.

17:17:17 ÷ 17 = 1 : 1 : 1

40: 00: 30 ÷ 30 = 1,33 : 0 : 1

10:30:20 ÷ 10 = 1 : 3 : 2

00: 20:20 ÷ 20 = 0 : 1 : 1

04:14:08 ÷ 4 = 1 : 3,5 : 2

00: 40: 30 ÷ 30 = 0 : 1,33 : 1

Agora, de acordo com a necessidade da cultura 80:00:60 kg/ha de N:P2O5:K2O, você deverá também dividir pelo menor valor, por exemplo.

80:00:60 ÷ 60 = 1,33 : 0 : 1

Observe, que o adubo disponível no mercado com a mesma relação de nutrientes de acordo com a necessidade da cultura (1,33 : 0 : 1) foi o formulado 40: 00: 30.

Agora, para calcular a quantidade a ser aplicada/ ha do  formulado 40: 00: 30, basta fazer a seguinte conta.

Para nitrogênio (N): 80 (necessidade da cultura) ÷ 40 (formulado) = 2 x 100 (fator fixo) = 200 kg/ha de N.

Para potássio (K): 60 (necessidade da cultura) ÷ 30 (formulado) = 2 x 100 (fator fixo) = 200 kg/ha de K2O.

Resultado: Teremos que aplicar 200 kg/ha em cobertura do formulado 40: 00: 30.

 

Conclusão

Nesse artigo, nós vimos que em primeiro lugar deve ser feito a recomendação de nutrientes para a planta.

Após, ser definida a quantidade de nutrientes que será aplicado, o segundo passo é escolher qual o tipo de adubo a ser aplicado entre as opções temos: matéria simples ou formulado (N:P:K).

Neste artigo não foi considerado o custo financeiro entre matéria simples e formulado (N:P:K) para ver qual é o mais barato.

Mas, você pode fazer isso coletando o preço de acordo com a sua região e deve ser considerada também de acordo com o seu programa de adubação do solo.

Que posso sugerir é que quanto mais concentrado for o teor de nutriente mais barato será aplicação desse fertilizante na fazenda embora o seu custo por tonelada seja mais caro.

Para chegar a essa conclusão você deve considerar que um fertilizante mais concentrado em nutrientes como o nitrogênio, o fósforo e o potássio terão uma menor quantidade a ser adquirida do que um fertilizante com menor concentração.

E o dinheiro que você vai ganhar ao optar por comprar um fertilizante com maior concentração de nutrientes será no frete, isto é, no transporte desse adubo até a fazenda e na aplicação desse adubo na lavoura.

Outro ponto importante na escolha entre a matéria prima e o formulado é se o produtor rural está trabalhando com a agricultura convencional ou a agricultura de precisão.

Pois na agricultura de precisão, geralmente, é utilizado apenas a matéria prima como fonte de nutrientes. Pois o objetivo é corrigir o solo em uma menor quantidade de área fornecendo apenas o nutriente individualmente.

O que seria impossível de realizar com a utilização de formulados. E o resultado será um solo com os teores de nutrientes mais homogêneo em todo o talhão e com isso uma produtividade mais uniforme também.

Se tiver dúvida, participe nos comentários.

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