Como o poder tampão do potássio, afeta a perda de cloreto de potássio?
Olá pessoal!
Antes de responder a pergunta do título, vou responder a pergunta abaixo.
O que é poder tampão do potássio (PTK)?
O poder tampão do potássio é a relação entre o potássio trocável e o potássio da solução do solo.
O potássio que está na solução do solo é aquele que a planta consegue absorver.
Caso a planta não absorve esse potássio, a consequência é a lixiviação nas camadas mais profundas do solo.
Caso a planta não absorve esse potássio, a consequência é a lixiviação nas camadas mais profundas do solo.
O que significa o poder tampão de potássio na prática?
Significa a capacidade que o solo tem em manter uma determinada concentração de K na solução do solo quando ocorre a absorção pelas plantas ou a perda no solo.
Um estudo conduzido por (Santana, 2012) como o objetivo de avaliar o poder tampão de potássio e a correlação entre o teor de argila, matéria orgânica e CTC.
Chegou à seguinte conclusão. As variações nos valores de poder tampão de potássio ocorreu principalmente, em função da CTC e do teor de argila do solo.
Quanto maior o teor de argila e da CTC maior o poder tampão do potássio.
O poder tampão de potássio baixo indica que maiores cuidados com adubação potássica das culturas, mais comum em solos arenosos. Ou seja, a probabilidade do potássio lixiviar é alta.
Na prática, o que significa um solo com menor poder tampão de potássio?
Significa que o potássio absorvido da solução do solo pelas plantas, ocorre em um menor intervalo de tempo.
O solo com menor tampão não terá capacidade de fornecer o potássio necessário para a planta. Sendo necessário a adubação em um menor intervalo de tempo.
Enquanto que solos com maior poder tampão de potássio levará mais tempo para ser exaurido, e dessa forma será fornecido potássio para planta por um tempo maior.
Como podemos por meio do manejo aumentar o diminuir o poder tampão do potássio no solo?
A forma que nós podemos atuar na prática, por meio de manejo do solo, no aumento ou na diminuição do poder tampão do potássio é por meio da matéria orgânica.
Já que, o teor de argila não tem como alterar por meio de manejo.
Nós sabemos que no Brasil, a matéria orgânica é a maior responsável pelo CTC total do solo. Me refiro em relação a maioria dos solos e não totalmente.
E também já escrevi sobre O que fazer para aumentar a capacidade de troca catiônica total de um solo (CTC), por meio do manejo do solo?
Não confunda CTC total com CTC efetiva.
Lembra da diferença entre CTC total e CTC efetiva? Clique aqui para saber mais.
O raciocínio é direto e objetivo, vamos lá!
Um solo rico em matéria orgânica terá uma maior CTC total, um maior poder tampão do potássio, maior potássio trocável e menor potássio solúvel na solução do solo.
O resultado é um menor risco de lixiviação desse potássio para as camadas mais profundas do solo.
Por outro lado, um solo pobre em matéria orgânica terá uma menor CTC total, um menor poder tampão do potássio, menor potássio trocável e maior potássio solúvel na solução do solo.
O resultado é um maior risco de lixiviação desse potássio para as camadas mais profundas do solo.
Então, respondendo a pergunta do título.
De que forma o poder tampão do potássio (PTK) interfere na perda de adubo potássio?
A forma é por meio da lixiviação. E interfere diretamente, já que, o solo com menor poder tampão do potássio terá uma maior perda e consequentemente maior custo de adubação.
Bom pessoal, diante dessas informações. Fica a pergunta.
Você profissional, consultor das ciências agrárias. Nas propriedades rurais que vocês prestam consultoria.
Tem se atentado para o manejo do PTK na propriedade?
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